
O ambiente político na Bahia segue em ebulição. Durante o anúncio de investimentos federais de R$ 1,5 bilhão nos portos de Aratu e Ilhéus, realizado nesta sexta-feira (23) no Terminal de Cruzeiros (Contermas), em Salvador, o presidente estadual do Republicanos, deputado federal Márcio Marinho, voltou a acenar publicamente para o deputado federal Léo Prates (PDT), que, apesar dos movimentos de bastidor, ainda não decidiu seu futuro partidário.
“Em relação a ele vir para o Republicanos, o espaço está aberto. Acho que ele tem o perfil do Republicanos. É um rapaz que foi vereador, foi deputado estadual, foi um excelente secretário municipal de saúde. As portas do partido estão abertas para ele. Não existe nenhum tipo de dificuldade da minha parte de tê-lo no nosso partido. Para nós será uma alegria muito grande tê-lo no Republicanos e também participando das eleições no ano que vem como deputado federal”, afirmou Márcio Marinho.
O convite vem na esteira da decisão do PDT de deixar a oposição na Bahia para se alinhar ao governo de Jerônimo Rodrigues (PT). A movimentação, liderada por Félix Mendonça Júnior, deixou aliados históricos, como Léo Prates, em situação desconfortável.
Apesar dos convites públicos e do ambiente favorável no Republicanos, fontes ouvidas revelam que Léo Prates deseja permanecer no PDT. No entanto, sua permanência está condicionada a uma garantia: ter liberdade para apoiar quem quiser nas eleições de 2026, especialmente mantendo seu alinhamento com o grupo político de Bruno Reis e ACM Neto, ambos do União Brasil.
Caso não consiga essa autonomia, o caminho para o Republicanos — onde Márcio Marinho acena com entusiasmo e garantia de espaço — torna-se uma alternativa concreta.
A movimentação não é apenas sobre alianças imediatas, mas também sobre o futuro político de Salvador e da Bahia. Márcio Marinho foi claro ao projetar Léo Prates não só como reforço para a bancada federal do Republicanos, mas como peça estratégica nas eleições futuras. “Ele poderá ser, sim, um nome para a sucessão de Bruno Reis em 2028”, sugeriu o deputado.