
A morte de Sidnei de Souza Azevedo, 43 anos, dentro de uma agência bancária em Dias D’Ávila, Bahia, desencadeou uma onda de indignação e questionamentos por parte de sua família. O caminhoneiro foi morto a tiros por um segurança do banco após uma discussão, e a Justiça concedeu liberdade ao funcionário, sob a alegação de possível legítima defesa.
O trágico episódio ocorreu na quinta-feira (3), quando Sidnei se envolveu em um confronto com os seguranças da agência. Imagens das câmeras de segurança registraram o momento em que ele foi atingido por um disparo na altura do abdômen. Apesar do socorro do SAMU, Sidnei não resistiu aos ferimentos.
O segurança responsável pelo disparo foi preso em flagrante, mas liberado após audiência de custódia. A decisão judicial se baseou em depoimentos que indicavam que Sidnei estava alterado, ameaçou funcionários e agrediu o segurança com um soco. Além disso, o laudo do exame odonto-legal confirmou a agressão. Outros fatores considerados foram o fato de o tiro ter sido disparado após a agressão, a utilização de apenas um disparo, o socorro prestado pelo segurança e o fato de ele ser réu primário, ter residência fixa e emprego.
A família de Sidnei contesta veementemente a versão de legítima defesa. Anderson Azevedo, irmão da vítima, classificou a ação do segurança como “covarde e cruel”, ressaltando que Sidnei estava desarmado e que os seguranças deveriam ser treinados para imobilizar pessoas, e não para usar força letal.
O advogado da família anunciou que entrará com uma ação de produção antecipada de provas para obter as imagens completas da agência e comprovar falhas na prestação de serviço do segurança. A família busca justiça e quer esclarecer as circunstâncias da morte de Sidnei.
A defesa do segurança argumenta que ele agiu dentro dos limites da legalidade para conter a situação dentro do banco. Já a agência bancária lamentou a morte do cliente e informou que está colaborando com as autoridades policiais, fornecendo todas as informações necessárias para a investigação.