
A rotina de milhares de soteropolitanos que dependem do transporte público pode ser seriamente afetada nos próximos dias. Em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (15), o Sindicato dos Rodoviários de Salvador (Sitcom) decidiu, por unanimidade, decretar o estado de greve da categoria. A decisão é um desdobramento do impasse nas negociações da campanha salarial e sobre as condições de trabalho com as empresas de ônibus da capital baiana.
O “estado de greve” é um aviso formal de que a paralisação do serviço é iminente, dependendo do resultado das próximas tratativas. Segundo o sindicato, a paralisação dos ônibus pode ocorrer já na próxima semana, caso as exigências da categoria não sejam atendidas.
Entre as principais reivindicações dos rodoviários estão o reajuste salarial com ganho real (acima da inflação), a garantia do cumprimento das folgas, especialmente aos domingos, e a não implementação ou retorno do banco de horas. Os trabalhadores acusam as empresas de não apresentarem propostas concretas e de tentarem, inclusive, retirar direitos já adquiridos pela categoria.
Uma nova e crucial rodada de negociação entre o Sindicato dos Rodoviários e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Seteps) está agendada para esta sexta-feira (16), na Superintendência Regional do Trabalho. Este encontro é visto como a última chance de acordo antes que a greve seja oficialmente deflagrada e o serviço de ônibus, essencial para a mobilidade urbana de Salvador, seja interrompido.
O presidente do Sitcom afirmou que, caso a paralisação se concretize, ela tem potencial para ser “a maior greve da história de Salvador”, refletindo a insatisfação generalizada da categoria com o andamento das negociações.
A possibilidade de greve gera apreensão entre a população, que já se prepara para possíveis transtornos no deslocamento pela cidade a partir da próxima semana, caso o diálogo de sexta-feira não resulte em um consenso.